Fábrica da China obriga estudante de estágio a montar PlayStation 4
(Foto: Reprodução)
A fabricante de eletrônicos chinesa Foxconn está novamente envolvida em um caso de uso de trabalho irregular. Dessa vez, o problema é na linha de montagem do PlayStation 4, da Sony, que, segundo a própria empresa, emprega estudantes que trabalham longos períodos sem descanso.
A Sony informou que a Foxconn concordou em cumprir exigências trabalhistas e éticas e, por isso, acredita que a fabricante chinesa segue à risca suas determinações. "O Grupo Sony estabeleceu o 'Código de Conduta do Fornecedor Sony' em junho de 2005, com a expectativa de cada fornecedor concordar e aderir às políticas do Grupo Sony, em conformidade com todas as leis, ética, condições de trabalho e respeito pelos direitos humanos. Além da conservação ambiental, saúde e segurança. Entendemos que a Foxconn compreende plenamente e obedece às premissas do Código de Conduta do Fornecedor Sony", escreveu a empresa.
A planta da Foxconn em questão é a de Yantai, na província de Shangdou. Nela, trabalham mais de mil estudantes do Instituto de Tecnologia Xi’an, em uma espécie de programa de estágio.
No entanto, de acordo com o jornal “Oriental Daily”, de Hong Kon’s, os jovens foram informados de que se não participasse da experiência de trabalho não receberiam seis créditos, o que tornaria impossível a graduação no curso de engenharia.
Ao site “Quartz”, a Foxconn admitiu o abuso e informou que, após investigações internas, constatou que os estudantes do instituto eram forçados a trabalhar horas extras e por noites a fio (night shifts e overtime), o que é uma violação ás próprias políticas da empresa.
“Ações imediatas foram tomadas para trazer a esse campus um total cumprimento do nosso código e políticas”, afirmou a companhia em comunicado enviado ao site.
A Foxconn possui programas de estágio como esses em muitas outras plantas na China, informou a companhia, que acrescenta serem os estágios “oportunidades para ganhar experiência de trabalho prático e treinamento para um emprego que irá sustentar o esforço para
encontrar emprego na sequência da graduação".
A Foxconn tem tido dificuldade para encontrar novos trabalhadores para sua linha de montagem. “A jovem geração não quer trabalhar em fábricas, eles querem trabalhar em serviços na internet ou qualquer emprego mais fácil e relaxante”, disse Terry Gou ao jornal “Financial Times”.
Outro questionamento que surgiu é qual seria o valor pedagógico do estágio, que seria apenas uma forma de recrutar mão de obra. Os estudantes cumprem a mesma carga horária dos trabalhadores e recebem o mesmo que os outros empregados da Foxconn.
Fonte: G1
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